5 de outubro de 2011

Anvisa X Conselho Federal de Medicina

Oi gente... tudo bem? hoje o assunto é polêmico... (OBA! adoro), a briga entre médicos e a anvisa sobre os anfetamínicos na perda de peso... e aí? quem vai ganhar essa briga?


pra quem não está sabendo está rolando um quebra pau geral pois, essa semana, ficou proibida a venda de medicamento a base de anfetamina para ajudar no emagrecimento... a anvisa alega que baseado em estudos internacionais verificou-se a não eficiência na perda de peso no uso desses medicamentos além de trazerem riscos à saúde... por outro lado, os médicos alegam que esse é um medicamento usado há muito tempo e que sempre resultou positivamente, acreditam que a venda é que deve ser controlada e que seu uso deve ser feito somente após indicação de profissionais qualificados...


e aí, concorda com quem?


mas para entendermos melhor, o que é essa anfetamina? o que ela faz no nosso organismo?


A anfetamina é uma substância muito usada no tratamento de obesidade pois inibe o apetite! como a maioria das drogas, após um período de uso o organismo se acostuma a ela e sua eficácia é diminuída, ou seja, é necessário aumentar a dose...



A anfetamina age no sistema nervoso central... parece um pouco com a ação da adrenalina (natural nossa), ou seja, faz tudo acelerar... funcionar mais rápido! ou seja, o coração acelera e a pressão sanguínea sobe... por outro lado ela também diminui a atividade gastrointestinal e por isso inibe o apetite... (pensa numa situação onde vc libera adrenalina naturalmente, te da fome? não... é isso)




A real é que nos EUA e em alguns países da europa a venda da anfetamina já é proibida... pq aqui é liberado? a minha opinião é que temos que tomar cuidado quando tratamos de medicamentos... todos, sem exceção, tem efeitos colaterais sim... e aí, cabe ao médico e ao paciente decidir se o benefício compensa o malefício...


eu sempre digo que emagrecer é difícil para caramba, e diferente do que dizem, não é só fechar a boca não... envolve muitas outras coisas, é claro que uma ajuda é bem vinda, mas cuidado, né pessoal?


vamos entrar no final de semana no clima da vida saudável! dieta e atividade física, imbatível!


beijos,

Mi

14 comentários:

  1. Qualquer substância psicoativa, causa polêmica.
    Se substância atua no S.N.A. mais polemica causa ainda. A decisão Anvisa é político/financeira, atinge interesses outros que não é a saúde pública, que não é de eficácia ou não eficácia, que não é de dependência ou não dependência, atingem interesses da Indústria Farmacêutica, a única beneficiada com esta resolução

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  2. Não é nada disto. Os anorexígenos proibidos são baratos e eficazes, na perda de excesso de peso, em mãos de profissionais criteriosos e experientes, eles conhecem seus efeitos colaterais, suas indicações e contra-indicações, seu tempo de uso, mas esta Arte Terapêutica, a Anvisa não possui. A Anvisa os retira do mercado, porque são baratos e eficazes, coisa que não interessa a Indústria Farmacêutica, e deixa a sibutramina que foi o seu último lançamento como droga milagrosa contra a obesidade.
    Esta resolução esta eivada de irregularidades, inclusive no que toca o ato médico, é desprovida de interesses científicos e saúde pública, é movida por muita GRANA da Indústria Farmacêutica. As Agências Reguladoras Internacionais comportam-se também da mesma forma, afinal GRANA é GRANA, aqui ou em qualquer lugar do Mundo

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  3. Olá Marcelo, eu concordo com vc! e como! só acho que também existem profissionais (como em toda área) com pouco critério, que faz do uso de medicamentos desse tipo uma rotina, e não uma real necessidade! perder peso é uma tarefa árdua, sei bem disso, mas temos que pesar bem todos os prós e contras do uso desses auxiliares...
    obrigada por postar aqui!

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  4. Você é esperto, vem vestido de madame mas é uma tremenda raposa. Você sabia que mais cedo ou mais tarde eu iria me esquentar com os seus comentários, eu é que não percebi e lasquei o verbo.
    A verdade é que como médico de oficio, tendo no início de carreira trabalhado em muitos hospitais públicos aprendi e percebi muita coisa da vida e conheci muitos poucos homens públicos íntegros e uma infinidade de desonestos.
    Estava-me me achando velho, um pouco acomodado, mas ao chegar de viagem li a reportagem da Anvisa no globo e por incrível que pareça ela me tornou jovem, e voltei a lutar.
    O Cabral já tinha me aborrecido quando chamou os médicos de vagabundos, e o Dirceu foi a gota que faltava para o copo transbordar.
    Quem sou eu para sugerir algo ao jornal nacional, a esta equipe de jornalismo de impacto nacional, posso conversar com eles, se assim quiserem e da conversa sair alguma coisa interessante.
    Para mim a humildade é a mais nobre arte do homem e o humilde escuta, reflete, modera e depois sugere.
    Você é muito esperto, espero um dia te conhecer.
    Um abraço.
    Marcelo
    Espero

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  5. Amigo em resposta ao seu último comentário. Profissionais honestos e desonestos exitem em todas as áreas, estas substâncias inibem o apetite, mas são estimulantes; aliais foram os psiquiatras quem primeiro usaram a anfetamina no tratamento da depressão, verificaram que além da melhora depressiva seus pacientes perdiam peso.
    Os soldados da Alemanha chegaram a usa-la até na forma injetável, na segunda guerra. Após a anfetamina foi proscrita, principalmente em razão da dependência física que causava. A aí a Indústria criou estes derivados imidazólicos, que na mão de Terapeutas são muito uteis no controle do excesso de peso no obeso.
    A Indústria sempre ávida pelo lucro, bem tentou, mas até agora nada criou de melhor, então resolveu elimina-las.
    O terapeuta, conhece o paciente e sabe quando pode ou não pode fornecer receituário para o seu uso.
    Lá fora foi fácil, aqui eles encontraram uma barreira, que parece inicialmente vencida, mas da trincheira não saio antes do dia 10/12, talvez eu tenha encontrado um companheiro de luta sem saber.

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  6. O terapeuta correto primeiro colhe a história do paciente, depois realiza exame físico e quando necessário exames laboratoriais, e aí , cogita da necessidade do uso da substância e a quantidade de miligramas a ser usada, prescreve e monitora o paciente.

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  7. Olá Marcelo! fico feliz que ainda existam profissionais que prezam por um único objetivo: a saúde do paciente! parece óbvio mas infelizmente não é... não vamos desistir, a saúde pública desse país ainda tem jeito!!
    conte comigo!abraços!!

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  8. Tem sim, é só colocar homens certos, no lugar certo. Homens que queiram que neste país existam cidadãos, homens interessados em que a população seja instruída e passe a lutar pelos seus direitos, quando cumprem seus deveres, homens com honra e dignidade, homens que não aceitem esmolas, como muitas bolsas que existem por aí.

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  9. A obesidade é uma doença genética multifatorial e idade e o meio ambiente nela são fundamentais. É como o diabetes, a hipertensão, as dislipidemias, acho inclusive hoje que a maioria das doenças encontram-se em nossa arvore genealógica. O problema dessas patologias está na época de vida de seu aparecimento, quanto mais tarde melhor. A obesidade nisto como doença tem um agravante, ela pode antecipar o aparecimento precoce das outras. Sua etiologia ainda não está totalmente esclarecida, tenho a impressão que exista alguma coisa relacionada com o metabolismo, mas não é só isso. Definiria hoje a doença como uma tendencia a aumento de peso que certos indivíduos possuem, da mesma forma que a magreza, aquele indivíduo que come muito e não ganha peso algum, nela também o metabolismo pode ter alguma influência capital. Assim é a natureza uma vez para + outra para -.

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  10. É preciso rever os poderes da Anvisa, normatizar, regulamentar e fiscalizar, todos eles concentrados em apenas uma Autarquia. Ela tudo regula e suas resoluções valem mais que leis ordinárias e até constitucionais. A Anvisa hoje no Brasil creio representar a Gestapo da Alemanha na segunda guerra. A Autarquia em 13 anos de existência é responsável por 40% do PIB brasileiro.

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  11. A ANVISA foi mero instrumento nesta resolução. A Indústria Farmacêutica foi a única beneficiaria. Ela precisava retirar estas substâncias do mercado, para que que seus novos lançamentos contra a obesidade dessem lucro. A sibutramina, foi mantida também como conveniência por esta Indústria, fica como único concorrente das novas substâncias, sem a eficácia das antigas. O Dirceu, vai ter um Natal a faisão e champanhe, a bola foi muito grande.

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  12. Os indícios na manipulação da resolução Anvisa, na proibição dos anorexígenos e liberação da sibutramina com restrições, encontram-se no relatório NUVIC/ANVISA 2011, que trata da eficácia e segurança dos inibidores do apetite e que serve de subsídio para tomada de decisão de medidas regulatórias a cerca desses medicamentos.
    Em 10/010 a área técnica GFARM/NUVIC/ANVISA - emite parecer recomendando o cancelamento da sibutramina no Brasil, baseando-se no estudo Scout.
    EM 10/010 a CATEME/ANVISA - emite parecer recomendando o cancelamento da sibutramina em razão do estudo Scout e o cancelamento dos anorexígenos em razão do risco aumentado de consumo após o cancelamento da sibutramina e por apresentarem baixo perfil de eficácia a longo prazo.
    Em 10/011 a Diretoria Colegiada cancela os anorexígenos em razão do risco/beneficio e baixa eficácia a longo prazo e mantém a sibutramina com restrições.
    Neste mesmo relatório observando gráfico relacionado ao consumo dessas substâncias de 2009 e 2010, notamos diminuição no consumo dos anorexígenos, sendo a sibutramina a substância mais consumida.
    A resolução do Dirceu, é uma antítese dos relatórios da própria ANVISA.

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  13. Fome e saciedade - o ato de comer, embora possa parecer simples, reveste-se de uma complexidade intrínseca para a qual concorrem estímulos psíquicos, hormonais, neurogênicos, ainda não totalmente compreendidos. Existe dentro do ato alimentar o fenômeno vital da manutenção orgânica,e que obedece a um impulso inerente ao do próprio organismo e um fenômeno de apreciação da comida, de acordo com seu aspecto, odor, condições no ato alimentar, e etc., que fazem variar a ingestão de uma maneira heterogênea de indivíduo para indivíduo, e num mesmo indivíduo, de acordo com diversos fatores atuantes.
    Dentro da atividade que leva uma pessoa a se alimentar é necessário distinguirmos dois componentes básicos: a fome e a saciedade. Por fome entendemos aquela sensação de necessidade urgente de comida, já por saciedade aquela sensação de plenitude gástrica e de satisfação com a quantidade de alimentos ingeridos.
    Desde que a anfetamina tenha sido causa de uma série de efeitos, incluindo estimulação do sistema nervoso, modificações de comportamento e alterações cardiovasculares, que constituíram um sério obstáculo à sua utilização, as Industrias Farmacêuticas tem investido bastante no sentido de produzir drogas com poder anorexígeno nítido e poucos efeitos colaterais. A grande maioria destes compostos ( com exceção do mazindol ) é derivada da anfetamina e possui estruturas químicas que se parecem com as das aminas simpatomiméticas, com várias substituições no núcleo B-fenilalanina. No tocante à conservação do poder anorexígeno e não estimulação do sistema nervoso central, os melhores resultados foram conseguidos com adição do grupo halogenado CF3 no anel.
    Sabemos que existem dois grandes centros reguladores da ingestão alimentar: a) centro da saciedade, b) centro da fome, ambos localizados no hipotálamo.
    Sabemos que as catecolaminas quando em contato com o hipotálamo, provocam anorexia - diminuição da fome e que a serotonina quando em contato com o hipotálamo, provoca a diminuição da saciedade.
    Os anorexígenos atuam através destes neurotransmissores, quer diminuindo a fome, quer aumentando a saciedade.
    Além destes efeitos na diminuição de ingestão calórica, sabemos que os anorexígenos apresentam uma certa capacidade de produzir gastos calóricos.
    Indicações para utilização dos anorexígenos - existem duas posições antagônicas, em relação ao uso dos anorexígenos.
    a) Não se deve usar nunca drogas num regime de emagrecimento.
    b) A utilização dos anorexígenos é formal para conseguir bons resultados em pessoas obesas.
    A primeira posição ao meu ver é irreal, porque os anorexígenos tem seu papel definido no tratamento da obesidade, sendo em algumas ocasiões, o que realmente faz a diferença entre o sucesso ou fracasso do tratamento.
    A segunda opção - uso indiscriminado - é desonesta e em geral não leva em conta a diversidade de aspectos da obesidade, que é, uma síndrome e, portanto, com várias causas e várias formas de tratamento.
    A princípio, os anorexígenos não devem ser prescritos para:
    a ) Crianças e pessoas idosas.
    b ) Mulheres grávidas.
    c ) Cardiopatas e hipertensos.
    d ) Portadores de graves problemas psíquicos.
    e ) Pessoas com história de dependência a drogas.
    As indicações principais principais para utilização de anorexígenos são:
    a ) Incapacidade de ingerir dietas suficientemente hipocalóricas para que haja uma redução de peso.
    b ) Presença de hábitos alimentares patológicos ( bulimia, necessidade absoluta de açúcar, e etc. )
    c ) Necessidade urgente de perda de peso em pacientes sem contra-indicação para o uso destas drogas.
    Barbano, amanhã continuo, não fiz faculdade lendo Carlos Zéfiro.

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  14. A mãe dos anorexígenos é a anfetamina, que age através da estimulação dos núcleos hipotalâmicos laterais ( de fome ) tendo como neurotransmissor a noradrenalina.
    É realmente o mais potente dos anorexígenos, mas ao mesmo tempo o que mais efeitos colaterais apresenta.
    Á anfetamina é uma amina simpaticomimética, com atividade estimuladora do sistema nervoso central; esta ação é variável de indivíduo para indivíduo, podendo desde ser praticamente despercebida até provocar quadros graves de agitação.
    Entre os efeitos colaterais, destacam-se, ainda, boca seca, constipação intestinal, dor de cabeça eventual e taquicardia; não é infrequente a diminuição da libido, com quadro inclusive de impotência sexual nos homens. Um dos efeitos mais temidos é a dependência que certas pessoas passam a apresentar, representando um grave problema de saúde e social. Não há mais produto comercial, com anfetamina no Brasil, mas suas propriedades estão presentes com menor intensidade, nos seus derivados.
    Dos anorexígenos sintetizados, temos, em nosso meio:
    a ) Anfepramona - é provavelmente o anorexígeno mais utilizado no Brasil. As doses diárias são de 40 mg a 150 mg. É o mais potente dos anoréticos, mas também o que maior número de efeitos colaterais apresenta. Não deve ser administrado em crianças, pessoas idosas, hipertensos e cardiopatas ou doente com alteração psiquiátrica nítida.
    b ) Femproporex - é também um derivado anfetamínico, que atua através de inibição do centro de fome hipotalâmico, tendo como neurotransmissor a noradrenalina. Nas doses habituais de 20 a 60 mg/dia, apresenta efeitos colaterais menos intensos que a anfepramona. Em geral não provoca estimulação nítida do sistema nervoso central, nem taquicardia ou hipertensão.
    Embora, não devemos utilizar anorexígenos em crianças, velhos, cardiopatas ou hipertensos, nas raras ocasiões em que, por algum motivo necessitamos de sua utilização, é o femproporex um dos produtos de escolha.
    c ) Mazindol - é o único dos verdadeiros anoréticos encontrados no Brasil que não deriva da anfetamina, apesar dos seus efeitos se assemelharem aos dos produtos dela derivados. Ao contrário da anfepramona e do femproporex, que agem através de síntese ou de liberação da noradrenalina, o mazindol atua inibindo a sua recaptação pelas terminações nervosas. Neste sentido ele teria a vantagem de continuar atuando mesmo após um longo tempo, ao contrário dos dois anorexígenos anteriores, que tem sua ação limitada pelo exaurimento das reservas de noradrenalina.
    É possível também que o local de atuação do mazindol se dê a nível de sistema límbico e não no hipotálamo.
    Independente da maneira que atua, a substância é um anorexígeno razoável que tem sua utilização limitada pela frequente aparição de um quadro de agitação intensa e de sensação de desconforto que se assemelha a síndrome do pânico.
    Sua dosagem habitual é de 1 a 4 mg/dia.
    Dirceu, vai estudar,vai trabalhar, vai observar, depois tenta regulamentar, o que você fez foi transformar foi o lícito em ilícito, talvez com intuito de fornecer mais grana para sua fiscalização corrupta.

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